quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

THE TRUTH ABOUT BEING IN A RELATIONSHIP

Ultimamente tenho sido rodeada por problemas amorosos. Não daqueles típicos problemas do género "ai, será que ele gosta de mim?" ou "ele olhou duas vezes para aqui, quer dizer que está interessado?". Estou a falar de algo um bocadinho mais a frente.

Quando estamos numa relação, a nossa vida é, inevitávelmente, alterada. No início, é tudo um mar de rosas. Estamos tão cegos que não vemos nenhuma falha no nosso mais que tudo, as discussões passam por quem desliga primeiro, contam as horas que faltam para voltarem a estar juntos.

Três, quatro, cinco meses depois começa a tornar-se sério. Continuam com aquela aragem de felicidade a pairar no ar, ainda que mais moderada, mas com aquela felicidiade quase infantil e ingénua. A partir daqui é o verdadeiro teste. Depois da lua de mel vêm as primeiras discussões, as primeiras zangas e as desilusões e é nestas alturas que a maioria das relações se define.

Para mim, se uma pessoa está numa relação é porque está feliz. Não faz sentido na minha cabeça duas pessoas estarem constantemente zangadas e continuarem juntas. Não é saudável para ninguém. Eu percebo que custa por um ponto final a algo que em tempos foi tão bonito, mas nada é feito para durar para sempre, por isso, para quê estar a sofrer se ambos sabem que a relação não tem futuro?

Uma relação saudável tem zangas e discussões, tem momentos de silêncio voluntários provocados por algum mal entendido e tem picos de ciumes e de frustração. Mas isto devia ser a fatia pequena deste bolo gigante que é um relacionamento. O resto devia ser repleto de alegria, bons momentos passados juntos, apoio, compreensão, tempo (principalmente tempo e disponibilidade), altruísmo, carinho e amor, muito amor e preocupação um pelo outro. Quando a fatia pequena começa a crescer e a crescer cada vez mais, o relacionamento torna-se tóxico. Aquela pequena fatia que era necessária no inicio é agora um buraco negro que suga toda a alegria e felicidade e deixa apenas um rasto de frustração e de incompreensão.

Dito isto, também acho que os maus relacionamentos têm cura. Há sempre solução se as pessoas ainda gostarem uma da outra. Se for este o caso, se acharem que não podem perder a pessoa, por muitas discussões que tenham, corram atrás dela e só parem de correr quando a tiverem de volta. Porque todos merecemos uma segunda oportunidade. Mas também não tenham medo de a deixar ir. Não tenham medo da solidão que sentirão depois, do vazio que ficará nem da sensação de abandono. Porque o melhor ainda está para vir e não se pode perder o animo depois de uma batalha perdida (ou não, dependendo do ponto de vista).

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Maira Gall