A verdade é que o conceito mudou muito ao longo dos anos: agora sair à noite equivale a ir tomar cafés tardios com os amigos, jantaradas de aniversários, saídas de curso, idas à discotecas, a bares e a tasquinhas. Ainda continuo a fazer tudo o que fazia em pequenina e adoro mas a verdade é que sair à noite, para mim, é um ritual de descontração e abstração. Estranho?
Talvez por estar longe dos meus amigos e a noite ser a única altura em que podia estar com eles aos fins de semana, a noite lembra me diversão, reunião e memórias prontas para serem construídas.
Adoro arranjar me para sair: a roupa, a maquilhagem um bocadinho mais elaborada, o cabelo
Depois, o chegar e estar em boa companhia: de noite toda a gente está mais bem disposta, os problemas da faculdade são esquecidos e as conversas de frequências e exames são trocadas pela discussão dos planos para o próximo verão. O stress dá lugar às gargalhadas e as histórias embaraçosas que cada um tem para partilhar. A música está sempre presente e a vontade de dançar acompanha.
À noite tiram se muitas selfies para quando acordarmos de manhã nos rirmos com as figurinhas que estávamos a fazer, à noite a vergonha é posta de lado.
A noite tem uma magia só sua que o dia nunca pode igualar: tudo parece possível, tudo parece tão presente e instantâneo.
Acredito que à noite somos livres e eu adoro ser livre à noite.
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